De regresso a Sacavém contra uma equipa de Amigos que representam um CLUBE que o Francisco orgulhosamente defendeu a época transata e que em muito contribuiu de forma positiva para a sua formação desportiva e pessoal.
O jogo foi intenso, equilibrado e com um período de 20 minutos, na 1ª parte, onde fomos superiores ao adversário. Na 2ª metade do encontro o Sacavenense esteve melhor, justificando o triunfo que estaria mais correto se a diferença fosse pela margem mínima...
O Francisco começou de início, saindo por 5 minutos na 2º parte... jogou na ala esquerda, alternou em alguns períodos para a direita, e acabou a defesa central esquerdo... Fez o 33º golo da época num penalty marcado de forma irrepreensível a um VELHO conhecido, mostrando competência e frieza, estando 100% certeiro sempre que é chamado para marcar (4 em 4) ...
Trabalhou muito durante todos os momentos do jogo, esteve em grande plano e no seu melhor em prol da equipa... na fase inicial perdeu 2 lances nas transições ofensivas com o adversário direto, mas depois de feita a correção foi sempre superior em todos os lances no 1 contra 1...
Acabámos por perder este jogo contra um adversário direto mostrando raça, intensidade e criando várias oportunidades de golo claríssimas, que concretizadas poderiam ter sido sinónimo dos 3 pontos.
Há ainda dois aspetos importantes de registar, que acabam por mostrar o lado errado da formação e que em nada ajudam ao crescimento destes mini-atletas e que seriam de evitar no futuro:
- A competência do Árbitro, que nos prejudicou no 1º golo com a não marcação de duas faltas consecutivas e que acabou por resultar no penalty, originando o 1º golo do adversário. Isto aliado a muitas decisões erradas para ambos os lados, contribuiu para que esta fosse nitidamente a equipa com a pior prestação em campo, a equipa de preto.
- Algo a que tive a oportunidade de assistir, não só eu, mas os presentes naquela zona do recinto, comentado e reprovado imediatamente por todos (atletas, treinadores e diretores), foi um momento vergonhoso, num evento onde os protagonistas são crianças. Esta situação não é um ato isolado no que diz respeito à pessoa envolvida (situações semelhantes resultantes da má formação e má educação do interveniente aconteceram no passado recente na Alta de Lisboa, na Copa Guadiana, no Ibercup, e no dia-a-dia dos treinos das suas equipas), o que nos faz pensar que cada vez mais existe a necessidade desta pessoa ser chamada à responsabilidade para prevenir e punir estas ações, e o mais importante de tudo, mostrar às crianças que estes não são exemplos a seguir.
Em suma, todos aqueles que se encontram na posição de educador/professor/treinador, têm a obrigação de não só transmitir os valores da instituição e modalidade que representam, como também manter uma postura correcta em todos os eventos desportivos associados, pois sorrisos forçados para as bancadas, e poses para as fotos, qualquer um o pode fazer e não é isso que se espera de alguém na posição de Treinador de Formação
Carlos Milheiro
