segunda-feira, maio 11, 2015

O Inventor...



Protagonista do dia, ou até mesmo da semana... Por conhecer este senhor de camisola branca já a alguns anos, um verdadeiro artista na arte do apito, passo a descrever o sucedido durante a 2ª parte do nosso jogo em Sacavém... Na lateral oposta ao banco dos suplentes estavam adeptos do nosso clube e do nosso rival. Faltavam +- 10 minutos para o final do jogo que estava a ser correcto e completamente controlado pela nossa equipa, quando começou a ouvir-se alguns palavrões oriundos de 2/3 pessoas sempre que os lances eram mais intensos. Logo de imediato o "Protagonista" avisa os capitães e os responsáveis técnicos que se "voltar a ouvir mais alguma asneira para dentro do campo acaba com o jogo". Foi só preciso esperar alguns segundos, e ao suar de um daqueles desabafos mais encrespados, o juiz de campo todo soberano e cheio de dogmatismo interrompe a partida e pede colaboração inicialmente ao treinador adjunto do nosso adversário, com a complementação de um director do Sacavenense alguns minutos depois. Momentos de pura negociação e é assegurada a promessa de silencio por parte dos senhores dos palavrões, durante uma pausa de sensivelmente 12 minutos, que alterou completamente o rumo do jogo. A pausa foi, como normalmente é, prejudicial para a equipa que estava melhor e de repente parecia que estavamos a presenciar outro jogo, onde por muito pouco não sofremos o golo do empate... o que seria extremamente injusto depois de tudo o que produzimos em 50 dos 60 minutos de jogo efectivo... voltando a questão de base, que na prática demonstra dois grandes problemas do futebol de formação; Pais/acompanhantes que utilizam um simples jogo de futebol para vomitarem as suas frustrações do dia-a-dia e Árbitros que em vez de ter uma atitude formativa, utilizam o seu estatuto transformando-se em Deus todo o poderoso, tornando o que é simples em algo de complicado... Concluo para afirmar que o Sr. Arbitro inventou mais uma Lei de Jogo a 18ª (Futebol sem Palavrões da bancada), que se for correctamente interpretada, nenhum jogo chega ao fim e muitos não começam!... 

Carlos Milheiro